ARTE E INCLUSÃO
Nos meses de setembro a novembro
de 2015 recebi um aluno mais que especial: O José Francisco da Costa. E junto
com ele a intérprete de libras Jane Caetano. Em nossas mãos o desafio de buscar
mecanismos que atendessem ao perfil da necessidade de nosso aluno.
A partir da idéia de que a arte
como área de conhecimento e instrumento de inclusão social é complemento para
as demais formas de desenvolvimento da aprendizagem, e que portanto, é através
de oportunidades diferenciadas que se solidifica a aprendizagem dos conteúdos
escolares, iniciamos nosso trabalho.
Na perspectiva do cientista das
inteligências múltiplas, Haward Gardner, a escola precisa canalizar as
potencialidades de cada um e adequá-las ao processo de ensino. Sabendo que a
pintura pode contribuir para o aprendizado de conteúdos, conhecimentos acerca
de cultura, valores e situações do cotidiano, as aulas foram pensadas no
intuito de proporcionar ao aluno um contato com a técnica de forma
contextualizada e a vivência de experimentar duas formas distintas de
representação.
Num primeiro momento o trabalho
foi desenvolvido com uso de pigmentos naturais a base de terra para uma
vivência semelhante a dos primeiros pintores na pré-história. Porém utilizando
recursos de criação mais modernos para o surgimento de uma pintura abstrata.
Depois partimos para uma releitura de uma obra modernista da pintora Tarsila do
Amaral de sua escolha. O recurso utilizado para o desenvolvimento da pintura
foi a utilização de um visor, onde o aluno seleciona o detalhe que mais lhe
chamou a atenção. E então partimos para a execução.
Foi surpreendente o resultado
visual e pudemos avaliar a satisfação do aluno diante de suas obras. Para ele,
foi relaxante e muito bom ter uma aula diferente.
Sirléia da Costa
Silvestre César
Professora de artes
Galeria de fotos.
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