Talento e incentivo garantiram ida de jovem
brasileiro ao espaço
Fonte: MCTI |
A trajetória de formação do
jovem Pedro Nehme é um exemplo do resultado de um conjunto de iniciativas
que vão desde a percepção de um
talento, passando pelo estímulo da família, até o incentivo por parte de
professores, instituições ensino e pesquisa, do próprio governo e da
iniciativa privada.
Com
apenas 21 anos de idade, Nehme venceu um concurso promovido pela empresa aérea holandesa KLM e
ganhou uma viagem ao espaço. Ele é o segundo brasileiro a realizar o feito,
depois do astronauta militar Marcos Pontes, que em 2006 integrou a Missão
Centenário.
Em
entrevista ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Nehme fala
sobre a sua história, que é repleta de inspirações, de escolhas acertadas e
de um esforço obstinado na busca pelo conhecimento. O jovem é
estagiário da Agência Espacial Brasileira (AEB), instituição ligada à pasta,
e aluno do curso de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB).
O
brasileiro garantiu o seu lugar no espaço ao vencer o desafio lançado pela
KLM: adivinhar o ponto e a altitude máxima a ser atingida por um balão de
alta altitude que seria lançado no Deserto de Nevada (Estados Unidos),
monitorado por câmeras e GPS. Entre os mais de 129 mil participantes do mundo
inteiro, Nehme foi o que mais se aproximou do resultado oficial.
“Um
palpite bem dado, baseado em uma bagagem técnica me fez decidir o que era
razoável e o que não era”, define o vencedor, que destacou a dificuldade de
realização dos cálculos diante do fato de a companhia aérea não fornecer
dados cruciais como peso da carga útil, tamanho e quantidade de hélio do
balão.
Como
prêmio, o estudante participará do projeto Space Expedition Corporation
(SXC), como passageiro na primeira viagem espacial comercial que decolará de
Curaçao, no Caribe, a partir de 1º de janeiro de 2014.
“É uma
oportunidade sensacional. Quero não apenas aproveitar o voo, mas também
conhecer a espaçonave, conversar com os engenheiros que a projetaram e
aprender ao máximo sobre todos os aspectos da viagem”, diz.
Inspiração
Dono de
uma personalidade curiosa, desde criança o brasiliense foi estimulado a
desenvolver sua aptidão para a área de engenharia. “Sempre brinquei muito de
Lego [brinquedo com peças de encaixe que permite inúmeras combinações].
Gostava de construir e de saber como as coisas funcionavam; de montar e
depois desmontar tudo”.
Os
parentes também foram fonte de inspiração. Só na família, são dois tios
engenheiros químicos da Petrobras, uma tia pesquisadora do Instituto
Butantan, além do pai, Abílio Nehme, um aficionado por engenharia. “Meus pais
me cobravam muito, não para ser o melhor da turma, mas para aprender a
matéria”, conta.
Professores
dedicados, principalmente de Física e de Matemática, também tiveram papel
fundamental no processo de formação. “Tive um professor de Física que me
acompanhou durante quatro anos”, lembra. “Ele tinha o objetivo de fazer o
aluno entender que a Física estava relacionada com o dia a dia”. Para ele,
não adiantava simplesmente saber a matéria, o aluno tinha que saber aplicar o
conhecimento adquirido.
Experiência
Em
2012, Nehme foi selecionado para estudar na Catholic University of America,
em Washington (EUA), pelo programa Ciência sem Fronteiras (CsF). Naquele
país, ele trabalhou no Goddard Space Flight Center, programa da Agência
Espacial Americana (Nasa).
Nos
Estados Unidos, ele aprendeu na prática o papel que a aplicação da tecnologia
tem no cotidiano das pessoas. “Fazia compras e supermercado pela internet,
tinha informações sobre o metrô no meu celular. Praticamente não precisava de
carro, tinha uma vida confortável andando de metrô e de ônibus”.
Futuro
O
futuro do brasileiro que ganhará o espaço ainda não tem um destino certo.
“Penso em fazer mestrado e, talvez, um doutorado”, planeja o estudante, que
se espelha no trabalho e na vida de cientistas e engenheiros que desenvolvem
projetos à frente de seu tempo.
“Cientistas
como Richard Feynman [físico norte-americano do século XX, um dos pioneiros
da eletrodinâmica quântica], que conseguem simplificar teorias extremamente
complexas, em palavras que qualquer um pode entender”.
Nehme
sonha alto. “Quero ver o Brasil se tornar um país onde cada um possa realizar
seus sonhos a partir do seu esforço e dedicação”, diz, acrescentando que o
país precisa se modernizar, e possui pessoas capazes de fazer isso acontecer.
“O país precisa dar oportunidades para jovens empreendedores crescerem e
desenvolverem”.
Para o
estudante, é sempre válido correr atrás das respostas para as perguntas que
cada um faz para si. “Não é fácil, existem milhões de outras coisas mais
atrativas, mas é um investimento para o futuro”.
Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI
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Olá, boa noite.
ResponderExcluirMinha mãe foi aluna do CESEC há alguns anos, antes de nos mudarmos para o Espirito Santo, aproximadamente 9 anos, ela fez o supletivo e faltaram três matérias (física, química e matemática) para conclusão do ensino médio. Afim de retomar os estudos e fazer as matérias restantes ela precisa confirmar as que já concluiu, mas como mencionei anteriormente nós estamos residindo em outro estado, no entanto viajarei para Minas nos próximos dias, gostaria então de saber como posso fazer para pegar a confirmação dessas matérias já feitas por ela.
Aguardo ansiosamente um retorno.
Karen Laíssa.